Resumo: Emmanuel Levinas – Ética e Alteridade

1. Crítica Ontológica

Nesta obra Livinas faz uma crítica à ontologia da filosofia ocidental, desde seus primórdios socráticos, que tem como objeto de conhecimento o eu. Na ontologia clássica ocidental, o eu, enquanto objeto de conhecimento, isola-se do outro. Na ontologia de Levinas o outro não pode ser negado, pois para ele o Eu é construído a partir da relação com o Outro (o eu não seria quem ele é sem o outro).

2. Ética e Alteridade:

Na alteridade de Levinas, o ser humano é o resultado de suas relações com o outro. A ética, que antes negava o outro, agora deve incluí-lo. Para Levinas, a ética só é possível na relação do eu com o outro e não  faria sentido sem ela. Por esse motivo, para Levinas, a ética da alteridade deve ser a filosofia primeira, pois é ela a responsável pela formação do ser humano que por sua vez é o responsável pelo conhecimento. A ética da alteridade como filosofia primeira é também, portanto, a base de todo o conhecimento.

 3.  Desejo e Infinito:

Para Livinas, o Desejo é o anseio insaciável – e por isso infinito – de completude do ser humano que o impele à alteridade, à descoberta de si por meio de suas relações com o outro. É a abertura para conhecimento do outro, da relação do eu com o outro, que dá ao homem o sentimento de completude, alimentando e aumentando ainda mais seu desejo por mais, pois é assim que o eu – e o outro – vão se construindo.

4. Rosto:

Levinas chama de rosto aquilo que é relevado pelo outro em nossa relação com o mesmo. É o que a relação constrúida, a abertura – entre o eu e o outro – e o acolhimento do outro nessa relação, que dá condições para que este revele de si. O rosto é o que conhecemos do outro por meio da revelação que ocorre quando em uma relação de alteridade do eu com o outro. O rosto do outro se revela na medida e com a dimensão de nossa abertura e alteridade da nossa relação com o mesmo.

 

 

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