Princípios Fundamentais dos Hexagramas



Os hexagramas na verdade são formados pela combinação de 2 triagramas, cada um composto de 3 linhas cada. A posição inferior de um triagrama corresponde à terra, a do meio ao homem, a superior ao céu. De acordo com a bipolaridade do Universo, os conjuntos originais, compostos de 3 linhas (triagramas) foram duplicados. Nos hexagramas formados assim há, por isso, duas posições para cada elemento: a terra, o homem e o céu. As duas posições inferiores são atribuídas à terra, a terceira e quarta ao homem e, as duas superiores, ao céu.


Os hexagramas em sua composição de seis linhas são, pode-se dizer, representações de condições reais do mundo e das combinações do poder luminoso, celeste, e do poder obscuro, terreno, que ocorrem nestas situações. Porém, no interior dos hexagramas há sempre a possibilidade de mutação e reagrupamento das linhas. Assim como as situações do mundo estão em contínua mutação, assim também os hexagramas mudam, criando novas composições em lugar das anteriores. O processo de mutação manifesta-se nas linhas móveis, resultando, ao final, na formação de um novo hexagrama.


O objetivo original dos hexagramas era a consulta do destino, mas além de sua utilização como oráculo, o Livro das Mutações possibilita também a compreensão intuitiva das condições de mundo e um aprofundamento até os níveis mais essenciais da natureza e do espírito. Os hexagramas apresentam imagens completas das condições e relacionamentos do mundo como um todo. As diferentes linhas tratam das mutações que ocorrem em situações específicas no interior dessas condições gerais. O Livro das Mutações está em harmonia com o Tao e a Vida, por isso, o livro pode estabelecer normas quanto ao que é próprio e adequado a cada homem.



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